Então por que não usar colheres ?


Conta-se que Milton Friedman em visita a China viu um grande número de homens cavando com pás para construir uma represa.

Ficou intrigado. Por que não usam escavadoras ou de qualquer máquinas de terraplanagem? Um funcionário do governo explicou que usando pás criaram mais empregos.

Resposta de Friedman: "Então por que não usar colheres ?"

A sacolinha plástica e o cocô de burro

Elas são a bola da vez, foram transformadas em bode expiatório das mazelas ambientais do planeta, ambientalistas de plantão elegeram-na a grande vilã da poluição, todavia esquecem que elas representam apenas uma parte pequena na produção dos plásticos. É totalmente reciclável e tem dupla utilidade, serve para transportar de tudo e ainda como saco de lixo, é até cômico quando algum estrategista de gabinete se coloca a falar da amaldiçoada sacolinha, em média mil sacolas de supermercado pesa três quilos, uma unidade quase flutua no ar pesa alguns gramas, quando embala lixo o peso interno com todo tipo de resíduos é centenas de vezes maior. Não é muito difícil calcular a desproporção, acontece que a sacolinha é visível e o seu conteúdo não, lá dentro tem os mais variados materiais, poluentes e não poluentes. As embalagens de modo geral são responsáveis pela melhoria e conservação de alimentos e demais materiais, assim como a geladeira são indispensáveis na preservação de alimentos, imaginem como seria o século 21 sem a evolução tecnológica das embalagens, comida sendo vendida a granel, bebida em garrafas retornáveis, etc. o custo de voltar ao século 19 certamente provocaria desabastecimento, desemprego e outras situações nada confortáveis, ao andar da carruagem dos ambientalistas-estrategistas de gabinete logo teremos que substituir os poluidores automóveis, caminhões e ônibus por carroças puxadas por burros, tem uma vantagem, aproveita-se o subproduto para adubar as plantações. O problema do destino final de resíduos não é simples, é extremamente complexo e necessariamente passa pela reciclagem, pena que a maioria dos políticos ainda não entenderam o óbvio, lixões a céu aberto e aterros sanitários enterram milhões de reais, é o bacanal do desperdício.

Texto de Edson Navarro - economista - veja aqui

Sacolas Plásticas. Que o debate seja consciente