A sacolinha plástica e o cocô de burro

Elas são a bola da vez, foram transformadas em bode expiatório das mazelas ambientais do planeta, ambientalistas de plantão elegeram-na a grande vilã da poluição, todavia esquecem que elas representam apenas uma parte pequena na produção dos plásticos. É totalmente reciclável e tem dupla utilidade, serve para transportar de tudo e ainda como saco de lixo, é até cômico quando algum estrategista de gabinete se coloca a falar da amaldiçoada sacolinha, em média mil sacolas de supermercado pesa três quilos, uma unidade quase flutua no ar pesa alguns gramas, quando embala lixo o peso interno com todo tipo de resíduos é centenas de vezes maior. Não é muito difícil calcular a desproporção, acontece que a sacolinha é visível e o seu conteúdo não, lá dentro tem os mais variados materiais, poluentes e não poluentes. As embalagens de modo geral são responsáveis pela melhoria e conservação de alimentos e demais materiais, assim como a geladeira são indispensáveis na preservação de alimentos, imaginem como seria o século 21 sem a evolução tecnológica das embalagens, comida sendo vendida a granel, bebida em garrafas retornáveis, etc. o custo de voltar ao século 19 certamente provocaria desabastecimento, desemprego e outras situações nada confortáveis, ao andar da carruagem dos ambientalistas-estrategistas de gabinete logo teremos que substituir os poluidores automóveis, caminhões e ônibus por carroças puxadas por burros, tem uma vantagem, aproveita-se o subproduto para adubar as plantações. O problema do destino final de resíduos não é simples, é extremamente complexo e necessariamente passa pela reciclagem, pena que a maioria dos políticos ainda não entenderam o óbvio, lixões a céu aberto e aterros sanitários enterram milhões de reais, é o bacanal do desperdício.

Texto de Edson Navarro - economista - veja aqui

Sacolas Plásticas. Que o debate seja consciente